"Nosso ofício carrega uma longa memória...
Prefiro
pensar que o aprendizado vem dos primeiros contatos e vivências dos
mestres que por longos anos tivemos, desde o maternal. As lembranças
dos mestres que tivemos podem ter sido nosso primeiro aprendizado como
professores. Suas imagens nos
acompanham como as primeiras aprendizagens. (...) Repetimos traços de
nossos mestres que, por sua vez, já repetiam traços de outros mestres.
Esta especificidade do processo de nossa socialização profissional nos
leva a pensar em
algumas marcas que carregamos. São marcas permanentes e novas, ou
marcas permanentes que se renovam, que se repetem, se atualizam ou
superam (Miguel Arroyo,Ofício de Mestre , 2002, p.124).
Fonte: Revista Pátio, Ano I, n° 4, fev./abri. 1998."
Impossível não pensar que as coisas não acontecem por um acaso. Miguel Arroyo foi um dos primeiros autores que li no curso de Magistério na sua obra "Ofício de Mestre". Livro que ainda guardo na minha estante com bastante carinho.
Naquela época eu, uma então adolescente, me encantei pelas palavras do autor. De como definia a profissão do magistério, de suas "bonitezas" como diria Paulo Freire, e de seus desafios.
Mas no momento não é deste encantamento por Miguel Arroyo que eu quero falar.
Recentemente promovi um encontro de minhas ex colegas de magistério (já temos 13 anos de formadas) também encontrei dois de meus ex professores: meu professor de Matemática e que também foi paraninfo da minha formatura e minha professora de Didática que foi minha supervisora de estágio.
Não foi a toa que fiz questão de que estes professores estivessem presentes nesta reunião com minhas ex colegas. Foram professores excelentes, dedicados e que deixaram marcas muito positivas na minha formação.
Espero que estas marcas positivas influenciem, também, meus alunos.
Segue abaixo o registro do nosso encontro: