Este semestre tem sido muito difícil para mim. Por vários momentos pensei em largar tudo, desistir do curso. Tive bloqueios terríveis, não conseguia me concentrar nas leituras e não tinha ânimo para frequentar as aulas presenciais.
Tudo isso por uma única e forte razão: o atual momento político que estamos vivendo. O desmonte da educação. Bem como todos os demais serviços públicos.
Um enorme desânimo e falta de perspectiva tem tomado conta de mim. Não sei como cheguei até aqui neste semestre e também não sei se vou conseguir concluí-lo com êxito. Não está sendo fácil.
O que ainda me dá um fio de esperança e um pequeno sopro de ânimo para continuar são duas coisas:
A memória das resistências, pois sempre penso que se todos tivessem se calado e abandonado as grandes lutas, como a Ditadura Militar no Brasil, por exemplo, não teríamos vivido este breve e frágil momento de democracia.
Outra coisa que ainda me injeta um pouco de ânimo é a esperança que deposito nas gerações futuras e saber o quanto elas precisam de nós agora para a sua formação.
Abaixo, o desenho da minha aluna Nauana que retratou a mim e a ela de mãos dadas. Esta pequena mãozinha que encontra segurança ao segurar a minha, também é um foco de esperança para mim.
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