Uma das tarefas da Interdisciplina de Psicologia da Vida Adulta neste semestre foi escolhermos um tema referente à interdisciplina para realizarmos uma pesquisa em grupo.
Eu e meu grupo escolhemos as patologias psicológicas que afetam os professores. Eu fui entusiasta no grupo para pegarmos este tema por já ter sofrido com depressão e ter sentido na pele o quanto o ambiente escolar pode potencializar esta doença ou até mesmo ser a causadora dela.
Neste meio tempo, alguns sintomas começaram a surgir em mim: dores de cabeça e nas costas, tensão, lapsos de memória, excesso de sono, desânimo, crises de choro, irritabilidade, desorganização mental e uma enorme ansiedade.
Fui levando, como pude. Até não aguentar mais, até chegar no meu limite. Procurei um médico que me receitou medicação e desacelerei um pouco. Não consegui me afastar do trabalho pois sei que se o fizesse, quando retornar teria que recuperar os dias de aula que os alunos perderam. A única coisa que pude fazer, e fiz, foi deixar a faculdade um pouco de lado e ir levando a escola com mais calma, adiando tudo o que pudesse ser adiado. E torcer para o remédio fazer efeito.
Hoje, passadas duas semanas da consulta médica e início do tratamento medicamentoso, estou um pouco melhor. Mas ainda não 100%. Porém, a vida tem que seguir, não posso me dar o luxo de abandonar tudo, tenho que seguir tentando.
Lendo esta reportagem abaixo e a pesquisa que realizei sobre Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) entre professores, confirmei algo que já desconfiava: o quanto os transtornos psicológicos são comuns entre os professores. Ou seja, o quanto a carreira docente pode ser prejudicial não só para a saúde física dos professores, mas também para a sua saúde mental.
CADA VEZ MAIS PROFESSORES ADOECEM COM PROBLEMAS PSICOLÓGICOS
Não queria que esta fosse uma postagem daquelas "desabafo" onde a gente só aponta problemas e não tem sugestões para as coisas melhorarem. Porém, realmente, não tenho sugestões.
A minha esperança é na minha luta constante para que as coisas melhorem, sendo dando aula, dando o melhor de mim ou na minha formação, onde estudo para me aprimorar e ser melhor profissional ou ainda na minha militância política.
Porém, enquanto as coisas não mudam, sigo as orientações do meu psiquiatra e "me protejo, me resguardo" daquilo que pode me afetar negativamente.
Olá Nubia!
ResponderExcluirÉ um bom tema para refletir, nós professores muitas vezes temos nossa saúde mental comprometida.
Ficaria ainda melhor se você trouxesse no teu texto algum autor que fale sobre o assunto.
Att,
Tutora Rocheli