domingo, 5 de agosto de 2018
Planejamento Burocrático
Escola Democrática
O trabalho da pedagoga na Educação Infantil
Meu Estágio e TCC
Para que serve a avaliação?
Minha Escola Espacial ou Minha Escola Ideal
Minha experiência de EJA
Mães analfabetas
"E aí me dá uma tristeza
No meu peito
Feito um despeito
por não ter como lutar
E eu que não creio
Peço a Deus por minha gente
É gente humilde
Que vontade de chorar"
Música "Gente Humilde" de Chico Buarque de Holanda
sábado, 4 de agosto de 2018
As ferramentas de leitura
Paulo Freire
Precisamos falar sobre a saúde metal do professores
A paternidade opcional
Ao término das entrevistas tirei várias conclusões, dentre elas a de que a paternidade em nossa sociedade é algo totalmente opcional.
A maioria dos alunos não convivia com seus pais biológicos. Alguns nem mesmo pagavam pensão alimentícia. Algumas nem foram registradas por eles.
Frutos de uma cultura machista que permite aos homens a escolha da paternidade, enquanto mulheres são obrigadas a serem mães compulsoriamente haja vista a proibição do aborto no Brasil, estas crianças já nascem rejeitadas por quem deveria amá-las e protege-las.
A escola não pode se omitir diante desta triste realidade. Deve compreender e acolher este aluno, bem como trabalhar em sala de aula o machismo, evitando assim a perpetuação deste tipo realidade.
Para que(m) serve o teu conhecimento?
“Não existe imparcialidade. Todos são orientados por uma base ideológica. A questão é: sua base ideológica é inclusiva ou excludente?” (Paulo Freire)
O que fica muito claro para mim ao ler esta frase é: não existe neutralidade ou imparcialidade em nenhuma ação humana, muito menos na ação de educar.Se o professor não for crítico, tão pouco seu aluno será.
BNCC e a alfabetização
terça-feira, 31 de julho de 2018
As marcas que se renovam
quinta-feira, 26 de abril de 2018
Caminho certo
Eu sempre fico admirada quando minhas colegas professoraa falam de maneira taxativa sobre suas práticas pedagógicas, sempre enfatizando o quanto elas são boas e mesmo assim os alunos não aprendem.
Confesso que não tenho esta segurança toda em relação ao meu trabalho. Muitas vezes, quando estou planejando penso: "será que estou indo pelo caminho certo? Será que minha metodologia está adequada? Será que não estou dando aulas ruins?"
Apesar de já ter alguns anos de magistério, ainda me questiono sobre a qualidade do meu trabalho. E acho saudável fazer isso às vezes.
Claro que sei que o sucesso da aprendizagem não pode ser ligado somente a metodologia do professor, sei que há mais fatores envolvidos.
Mas acredito que o professor quando tem estas pausas para refletir sobre sua prática pode reelaborar o seu fazer pedagógico, contemplando assim um maior número de alunos.
sexta-feira, 19 de janeiro de 2018
Entre "murros" da escola
Li novamente, de maneira mais atenta, e percebi que havia feito a leitura errada do nome do filme. O filme conta a história de François Marin que trabalha como professor de língua francesa em uma escola de ensino médio, localizada na periferia de Paris. Ele e seus colegas de ensino buscam apoio mútuo na difícil tarefa de fazer com que os alunos aprendam algo ao longo do ano letivo. François busca estimular seus alunos, mas o descaso e a falta de educação são grandes complicadores.
Depois de assistir o filme, vi que a leitura errada que eu fiz do título do filme faz algum sentido, na medida que percebo que a escola, enquanto instituição, continua dando "murros" em ponta de faca, como diz a expressão popular que expressa quando estamos insistindo numa ação que não está dando certo.
A escola, que foi criada na Modernidade, ainda tem as suas mesmas características at'é hoje: praticamente o mesmo tipo de mobiliário, a mesma organização hierárquica, a mesma metodologia, ...
Os tempos são outros, pós-modernos, porém a escola continua a mesma de 200 aos atrás. E, obviamente, continua não dando certo. Continua dando "murros em ponta de faca". Precisamos urgentemente ultrapassar os "murros" da escola.
Formação Ética
Lembrei de duas notícias sobre dois médicos que, a meu ver, passaram longe de agir eticamente.
O primeiro caso foi de um médico que, em um grupo de Whatsapp, ensinava como os médicos que tratavam a ex primeira dama do Brasil, Dona Marisa Letícia deveriam proceder para matá-la.
O segundo caso foi de uma médica pediatra que negou-se a atender uma criança -por discordar do posicionamento político de sua mãe.
Fico pensando como e no que a sociedade está errando como um todo para que profissionais da saúde ajam desta forma, sem um mínimo de ética ou empatia.
É triste observar, mas a falta de ética não é uma exclusividade da área da saúde. São diversos casos que observo no meu dia a dia de falta de ética de meus colegas professores. Professores que desmerecem seus alunos, julgam-nos sem nenhum tipo de empatia, dão-lhes ou tiram-lhes nota baseados em julgamentos e não nas aprendizagens. Enfim, uma gama sistemática de ações não pautadas em valores éticos.
Me questiono: como estes professores sem ética poderão formar cidadãos éticos?
Talvez este meu questionamento seja a resposta de "onde a sociedade está errando?"
Brancos e não brancos
“Se você não tem sangue negro ou índio nas veias, deve ter nas mãos.” (Rodrigo Ciríaco)
Ao assistir o vídeo de Beatriz Nascimento sobre a história do negro no Brasil, a frase acima, que eu havia lido já faz algum tempo na internet, me veio imediatamente na cabeça. Esta história do negro, segundo destaca a historiadora, foi escrita por mãos brancas.
Ressalto, novamente, a importância do local de fala: quem fala do que.
Neste sentido, lembrei também de uma música de um artista da cena portoalegrense que eu gosto muito, Richard Serraria que fala sobre a questão do branco na mídia.
Eu, enquanto branca, senti o tapa na cara que esta música muito provocativa pretende dar. Me desacomodei porque alguém, no seu local de fala, mostrou que lugares e que espaços eu ocupo na sociedade e que outras pessoas, não brancas, não ocupam.
Brancos
Bataclã e Mastigadores de Poesia - Richard Serraria
Brancos são aqueles tipos que aparecem nos comerciais
Ao contrário do que acontece com não-brancos
A presença de brancos em peças publicitárias
Não precisa ser justificada.
Brancos, a rigor não existem
Os comerciais é que lhes conferem existência
A máxima segundo a qual
Um produto que tem um branco como garoto propaganda
É indicativo de que este produto
Será bem recebido só se justifica
Pela preguiça, pelo cansaço e pelo preconceito.
Brancos são universais, jamais particulares
Para os brancos, qualquer um que se afirme não branco
Comete um crime de lesa humanidade
Afinal somos todos humanos
Tenho amigos brancos, são engraçados
A branquitude dos brancos é cega
Brancos dizem": você sabe com quem está falando?
É branca a mão em close up que passa ou insere o cartão de crédito
as cartilhas de lógica, consta
Sócrates é branco
Brancos não aceitam ser coadjuvantes
Pagam seus impostos e fazem questão de publicar isto
Se auto proclamam brancos, mas a contragosto
Pois isso, afirmar uma identidade ainda que provisória é coisa de não brancos
Segue abaixo o vídeo da historiadora Beatriz Nascimento:
quinta-feira, 18 de janeiro de 2018
A voz aos imbecis
Falei a ele do vídeo da entrevista do Leandro Karnal que eu havia assistido para uma interdisciplina, quando o motorista do Uber deu sua opinião:
- Este Karnal é um sofista, só sabe falar o óbvio de maneira rebuscada.
Não sou grande admiradora de Leandro Karnal, principalmente depois da foto dele em jantar com o juiz Sérgio Moro, mas naquele momento tive que defender o historiador. Disse para o motorista do Uber que o que Karnal fala pode ser óbvio ou não ser novidade para ele, mas que para muita gente é.
E o mais importante: sem deixar de usar termos acadêmicos, ele traz à popularidade assuntos muito importantes.
Como o desta entrevista:
O que mais me chamou a atenção foi o comentário de Karnal em relação à frase de Umberto Eco "A internet deu voz aos imbecis.".
Neste aspecto, concordo com o historiador que diz que a popularização das informações é boa e é ruim, na medida que notícias falsas ou até mesmo textos e vídeos impregnados de ódios e preconceitos circulam livremente pela internet em pé de igualdade de acesso com textos dos mais renomados autores.
Eis o perigo na era da informação
O Ato de Estudar
Ao ler o texto "O Ato de Estudar" de Leda Miranda Hühne, lembrei na mesma hora dos meus alunos do Ensino Médio e o quanto era custoso para mim convencê-los de estudar, seja para um seminário em sala de aula ou até mesmo para as provas. E isso que o "estudo" que eu solicitava a eles era uma mera leitura ou preparação para uma atividade (avaliativa ou não).
Porém, depois da leitura do texto, fiquei pensando que se os alunos não faziam o mínimo que eu solicitava, imagina se eu fosse solicitar que eles estudassem MESMO, de maneira a construir o conhecimento como a autora fala em seu texto. Leda Miranda Hühne, citando Paulo Freire, lista os itens indispensáveis ao ato de estudar. São eles:
- O estudante deve assumir um papel de sujeito o ato de estudar.
- O ato de estudar é uma atitude frente ao mudo.
- O estudo de um tema específico deve colocar o estudioso a par da bibliografia em questão.
- O ato de estudar depende de um atitude de humildade face ao saber.
- O ato de estudar significa compreender e criticar.
- Estudar significa assumir "uma misteriosa relação dialógica" com o autor do texto, cujo mediador é o tema!
- O ato de estudar, como reflexão crítica, exige do sujeito uma reflexão sobre o próprio significado de estudar.
E, novamente, sigo em defesa de minha classe: NÃO JOGUEM TODA A RESPONSABILIDADE SOBRE O PROFESSOR!!!
Não me coloquem numa sala de aula quente, com 30 adolescentes munida apenas de um quadro e livros didáticos de qualidade duvidosa achando que eu vou mudar o mundo, porque isso, desta maneira, é impossível.
Pensemos no sistema, antes de culpabilizar o professor.