Em uma das atividades da interdisciplina de Didática, Planejamento e Avaliação fomos desafiadas a criar uma nova escola que seria instalada por extraterrestres em seu planeta.
Analisando as dificuldades atuais das escolas no meu planeta, criei a seguinte escola para os extraterrestres:
"Escola Espacial
A minha nova escola espacial estaria totalmente integrada com a
comunidade em que estaria inserida e a participação das famílias seria
efetiva. Aliás, esta escola teria uma visão atualizada de família,
deixando de lado a visão da família tradicional composta por mãe, pai e
filhos. Esta escola respeitaria as novas composições familiares.
Também seria uma escola que trataria das questões de gênero no seu
dia a dia. Falaria sobre machismo, violência doméstica, empoderamento
feminino, homossexualidade, entre outros assuntos que as atuais escolas
ignoram.
Esta escola também colocaria em prática a lei 10.639 que versa sobre a
inclusão da história da África e a cultura afro-brasileira no seu dia a
dia, não somente no mês de novembro.
A minha escola também teria em seu cerne o respeito às diferenças de todas as formas bem como seria um espaço acolhedor."
Ao criar esta escola, tentei colocar nela coisas que eu acredito que sejam fundamentais na construção de uma sociedade mais justa, humana e igualitária.
Vivemos em um país onde a violência doméstica é rotina em muitas famílias e os índices de feminicídio (assassinato de uma mulher cometido por
razões da condição de sexo feminino, quando o crime envolve violência
doméstica e familiar e/ou menosprezo ou discriminação à condição de
mulher) são muito altos (4,8 para 100 mil mulheres – a quinta maior no mundo, segundo dados da Organização Mundial da Saúde - OMS).
Juntamente com isso, a homofobia (rejeição ou aversão a homossexual e à homossexualidade) cresce em números alarmantes. Segundo um levantamento realizado pelo Grupo Gay da Bahia (GGB) , somente em 2017, 445 lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBTs)
foram mortos em crimes motivados por homofobia. O número representa uma
vítima a cada 19 horas.
A escola não pode se omitir diante destes fatos e destes números. Na minha escola espacial (ou escola ideal) temas como machismo, homofobia, intolerância religiosa e racismo seriam assuntos recorrentes para serem tratados em sala de aula
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