A infância, na Pós
Modernidade, pode ser caracterizada pela participação no mercado de consumo,
seja através da mão de obra (trabalho infantil nos países menos desenvolvidos)
ou como sendo consumidora, haja visto que há um mercado gigantesco de produtos
para crianças (brinquedos, roupas, alimentos, etc.).
Há uma tentativa de
globalização da infância, visto quer todas as crianças consomem os mesmos
produtos, porem de maneira desigual visto que, dependendo da classe social em que se encontra pode consumir em maior ou menos quantidade.
Todavia esta tentativa de se criar uma definição única de infância não se concretiza,
visto que cada criança consome de forma simbólica, de acordo com a sua
realidade. Deve-se levar em consideração quem é, onde vive, como vive, enfim, a realidade de cada criança.
Podemos compreender, portanto,
que existem diferentes tipos de infância levando em consideração um olhar interdisciplinar
das esferas infantis, recortando aspectos sociais, étnicos e de gênero.
Não podemos dizer que todas as crianças das fotos abaixo, por exemplo, vivem ma mesma infância da mesma forma.
O que
pode caracterizar de forma única as múltiplas infâncias é o fato de manter-se
como categoria social com características próprias. Ou seja, por mais diversas as faces que a criança possa ter, ela
sempre será criança em relação ao mundo dos adultos pois não dispõe de
capacidade jurídica de decisão, sempre necessitara de proteção advinda do poder
paternal.
A escola, todavia, deve estar aberta à multiplicidade de infâncias, de modo a não se tornar um ambiente excludente e segregador ao que possa parecer estar fora do que se considera "normal". Há de se ter em vista que cada criança vive sua infância de maneira única, não há um padrão normal. Sinto que a escola (e quando digo escola, me incluo neste substantivo) tem um longo caminho de mudanças a percorrer.
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