Em uma escola em São Paulo um aluno agrediu um
professor com um soco no rosto. Houve até uma filmagem da agressão, em que um
estudante de 20 anos do terceiro ano do Ensino Médio discute com o professor e
lhe desfere um golpe no rosto. Este caso de agressão foi amplamente noticiado pela mídia.
Tentarei
aqui não cair no discurso de senso comum de que “antigamente havia mais
respeito com o professor” ou “dever de educar é da família, a escola deve
apenas ensinar.” Acredito que uma explicação para um fato desses vá além destas
respostas simples.
Acredito
que casos extremos como este, de agressão de professores, são fruto do que é
discutido no texto de Luciani Missio e Jorge Luiz da Cunha, ou seja, a escola
enquanto instituição moderna diante de uma realidade pós-moderna.
É
fato que desde sua criação na Modernidade a escola pouco mudou. Desde sua
estrutura física (salas de aula, disposição do mobiliário, ...), sua
organização hierárquica (professores, diretores, coordenadores, ...) e até
mesmo sua metodologia (aulas expositivas, uso do quadro negro, cópia e
reprodução, uso de cadernos, ...).
A escola é a mesma, porém os alunos não são
os mesmos que há cem anos atrás. Vivemos a era da informação e dos
questionamentos. E a escola parece não ter se adaptado a esta nova era.
A
resposta vem de várias maneiras: na falta de interesse dos alunos, na
desvalorização do professor e, algumas vezes, na violência e agressividade dos
alunos com seus professores. Infelizmente o professor é a “bucha de canhão” de
todo este processo.
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