sexta-feira, 27 de maio de 2016

Responsabilidade: FAMÍLIA X ESCOLA

Eu sigo uma página no Face muito interessante, chamada "Professora Indelicada". Nesta página, uma professora relata aqueles pequenos (muitas vezes não tão pequenos assim) dramas que só quem é professora sabe como é. 

Esta semana ela compartilhou esta imagem que ela recebeu in box de uma professora que também segue a página dela.


Os questionamentos contidos nesta imagem, também são meus. Na minha escola aconteceu um fato esta semana que me fez refletir várias coisas, porém não encontrei uma resposta.

Solicitada a comparecer à escola devido ao mal comportamento do filho, a mãe do meu aluno disse que "quando tiver um tempinho, aparece na escola". Esse tempinho deve ser depois da novela, depois de fazer as unhas, depois da sonequinha da tarde... vá saber... enfim, o que sabemos é que o filho neste momento não é prioridade.

Só queria saber em que exato momento o senso de responsabilidade das famílias sumiu e caiu no colo das escolas. Quando foi o exato momento em que nós, professores, começamos a assumir estas responsabilidades que são das famílias, como cuidar e educar.

Já ouvi um conselheiro tutelar dizendo que o que deveria ser trabalhado, no caso de menores infratores, é o papel da autoridade do professor. Dei um pulo da cadeira ao ouvir isso. Como assim? E as famílias? Nada?

Ontem meu aluno disse com todas as letras "não escuto nem o que a minha mãe me fala, vou te escutar de certo."

Oi? É a minha falta de autoridade o problema?

Não quero cair no discurso moralista do "no meu tempo era diferente..." Até pq nem sei se era tão diferente assim.

Só sei que... Aliás, acho que nem sei mais...

domingo, 15 de maio de 2016

Minha primeira aula de LIBRAS

Semana retrasada tive a primeira aula presencial da interdisciplina de LIBRAS no PEAD da UFRGS. Conheci a professora e adorei a dinâmica dela, bem como a proposta da interdisciplina.

Confesso que quando o semestre iniciou e eu vi na grade a Interdisciplina de LIBRAS, logo pensei que fosse como o início de curso de qualquer língua. Como aqueles cursos de inglês que a gente começa e os professores ensinam a dizer bom dia/boa tarde/boa noite e mais algumas coisinhas básicas. Cheguei até a me questionar o porquê da Interdisciplina de LIBRAS se é sabido que em um semestre ninguém consegue aprender completamente uma língua, leva-se anos para fazê-lo.

Porém mudei completamente a minha opinião em relação à Interdisciplina de LIBRAS depois da primeira aula. Fiquei surpreendida com o montante de coisas que eu não sabia em relação à LIBRAS e às pessoas surdas.

Eu sempre pensei que LIBRAS era apenas uma forma de "traduzir" para as pessoas surdas o que nós, "ouvintes" falávamos. Nunca havia parado pra pensar que uma comunidade que tem sua própria língua, obviamente, constrói a sua própria cultura. Confesso que me senti uma egoísta depois de me dar conta disso, como se a cultura fosse só o que o mundo "falado" produz.

Impressionante como em apenas uma aula eu consegui me desfazer de vários estigmas e informações totalmente erradas que eu tinha em relação à LIBRAS e às pessoas surdas,