quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

Postagem Reflexiva - Reflexão sobre a postagem "Registros Docentes" de 25/12/2016

Para a intesdisciplina de Representação do Mundo pelas Ciências Sociais foram utilizadas algumas fotos antigas minhas no início da minha carreira docente as quais eu utilizei na postagem "Registros Docentes".

Nesta postagem eu refleti sobre a professora que estava iniciando a sua carreira naquelas fotos e a professora que estava fazendo aquela postagem naquele momento.

Acrescento agora uma terceira professora: a professora que sou hoje, passados mais de dois anos da postagem das fotos.

Acredito que sou uma nova professora a cada dia. A cada experiência dentro e fora de sala de aula, a cada aluno, a cada troca com uma colega, a cada aprendizagem.

E findando mais um semestre do PEAD acredito ser uma professora mais bem preparada e mais consciente do meu papel.

Neste semestre tive o estágio que me permitiu rever a minha prática docente e iluminá-la à luz dos teóricos. Isso me fortaleceu bastante, pois pude perceber que minha prática não estava tão distante das teorias como eu sempre achei que estava.

Apesar de atualmente estarmos vivendo um momento crítico para a educação nacional, onde os professores são severamente atacados pelo governo sendo acusados por estes de serem doutrinadores e maiores causadores do fracasso escolar dos alunos, ainda acredito que a educação é a única ferramenta capaz de construir uma sociedade mais justa, humana e igualitária.

Postagem Reflexiva - Reflexão sobre a postagem "O papel da educação" de 25/12/2016

Na postagem "O papel da educação" eu questionava como o conhecimento deve ter significado para o aluno, que o conhecimento deve servir de ferramenta para o aluno compreender, questionar e principalmente transformar a sociedade em que vive.

Durante o meu estágio novamente tive esta reflexão durante a comemoração na escola do Halloween. Acredito que tal celebração em nada acrescenta na formação dos alunos, não faz parte da cultura nacional. É apenas uma cultura de massa enlatada que enaltece valores e costumes americanos.

A contragosto trabalhei o Halloween com meus alunos de primeiro ano me questionando se tal celebração estava lhe acrescentando algum conhecimento útil e pertinente. E conclui que não, eu estava apenas cumprindo o que estava no currículo que não foi elaborado por mim.

BELTRAN, Luis. Comunicação Dominada: os Estados Unidos e os meios de comunicação da América Latina. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1982. Disponível em <http://www.bibvirtual.ucb.edu.bo/beltran/digital/PP-AI-035.pdf > Acessado em 14/01/2019

JESUS, João Jacinto do Amaral de. A carnavalização das comemorações do halloween em uma comunidade escolar segundo a percepção dos seus participantes. São Paulo, 2007. Dissertação (Mestrado em Educação, Arte e História da Cultura) –Universidade Presbiteriana Mackenzie, 2007. Disponível em <http://tede.mackenzie.com.br/jspui/bitstream/tede/1945/1/Joao%20Jacinto%20Amaral%20de%20Jesus.pdf > Acessado em 14/01/2019


Postagem Reflexiva - Reflexão sobre a postagem "O mês da Consciência Negra" de 06/11/2016

Revisitando minhas antigas postagens encontrei uma chamada "O mês da Consciência Negra" na qual eu relatei como trabalhei com meus alunos de terceiro ano através de uma visita ao Museu José Joaquim Felizardo.

Nesta visita os alunos conheceram um pouco sobre a história da cidade de Porto Alegre nos períodos pré e pós abolição da escravatura.

Iniciativas como a deste museu e como o Museu dos Territórios Negros em Porto Alegre são muito importantes para que a história da nossa cidade seja contada através de um viés diferente de como historicamente foi contada: pelo olhar do branco europeu.

Já relatei que durante o meu estágio questões de relações étnico-raciais surgiram e que eu trabalhei através da representação positiva e da afirmação da estética afro para lidar com uma aluna negra com baixo autoestima.

O meu trabalho durante o estágio ficou limitado a este foco visto a falta de tempo hábil e recursos financeiros, mas uma educação que visa a igualdade e o fim do preconceito racial deve abordar a História do Brasil através do olhar de todos os povos que construíram este país, como destacam Gomes e Jesus, 2013:

"A alteração dos artigos 26-A e 79-B da Lei 9394/96 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) – pela Lei 10.639/2003 (BRASIL, 2003), a Resolução CNE/CP 1/2004, que define Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana (BRASIL, 2004), fundamentada no Parecer CNE/CP 3/2004,compõem um conjunto de dispositivos legais considerados como indutores de uma política educacional voltada para a afirmação da diversidade cultural e da concretização de uma Educação das Relações Étnico-Raciais nas escolas, desencadeada a partir dos anos de 2000. Tanto a legislação como seus dispositivos podem ser considerados como pontos centrais no processo de implementação das políticas de ações afirmativas na educação brasileira nos seus diferentes níveis, etapas e modalidades educacionais" (GOMES e JESUS, 2013. p.21)

ALGARVE, Valéria Aparecida. Cultura negra na sala de aula: pode um cantinho de africanidades elevar a auto-estima de crianças negras e melhorar o relacionamento entre crianças negras e brancas?. 2004. 271 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Humanas) - Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, 2004. Disponível em: <https://repositorio.ufscar.br/bitstream/handle/ufscar/2661/DissVAA.pdf?sequence=1&isAllowed=y > Acessado em 14/01/2019

GOMES, Nilma e JESUS, Rodrigo de. As práticas pedagógicas de trabalho com relações étnico-raciais na escola na perspectiva de Lei 10.639/2003: desafios para a política educacional indagações para a pesquisa in Educar em Revista, Curitiba, Brasil, n. 47, p. 19-33, jan./mar. 2013. Editora UFPR. Disponível em <http://www.scielo.br/pdf/er/n47/03.pdf > Acessado em 15/01/2019

Postagem Reflexiva - Reflexão sobre a postagem "A casa na árvore da turma 13" de 24/04/2016

Na postagem chamada "A casa na árvore da turma 13" eu relatei que minha turma de primeiro ano começou a discutir sobre a possibilidade de construírem uma casa na árvore, de como seria lega, de como brincariam na tal casa hipotética, etc. O assunto foi crescendo e, em dado momento, a turma decidiu que deveria ser realizada uma festa na casa da árvore.

Pediram papel e tesoura e começaram a escrever convites uns para os outros.

A partir disso, refleti o quanto é importante que a escrita tenha significado para o aluno e não seja apenas um "decifrador de códigos". É preciso que o aluno saiba utilizar criticamente o conhecimento como salienta Paulo Freire:

"Não basta saber ler que 'Eva viu a uva'. É preciso compreender qual a posição que Eva ocupa no seu contexto social, quem trabalha para produzir a uva e quem lucra com esse trabalho" (FREIRE, Paulo , in GADOTTI, Moacir, 1996).

Acredito ser fundamental significar o conhecimento, o porquê de aprender e o como utilizar para que a aprendizagem ocorra de maneira efetiva.



GADOTTI, Moacir. Paulo Freire: Uma Biobibliografia, 1996

Postagem Reflexiva - Reflexão sobre a postagem "Rosa é de menina e Azul é de menino" de 18/11/2015

Relendo as minhas postagens mais antigas encontro esta chamada "Rosa é de menina e Azul é de menino". Acredito que no momento político atual é muito importante retomar este tema, ainda mais com uma postagem com este título tão específico.

Na postagem eu relatava sobre um aluno que não se identificava com brinquedos considerados do gênero feminino e de que maneira lidei com isso que, no fim das contas, possibilitou que toda a turma pudesse experimentar de todos os brinquedos, quebrando o estereótipo de ser brinquedo "de menino" e "de menina".

Há alguns meses assumiu a atual ministra Damares Alves assumiu a pasta do Ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos do Brasil e em uma de suas primeiras falas, ela proferiu a seguinte frase:

"É uma nova era no Brasil: menino veste azul e menina veste rosa" (Disponível no site G1)

Com a ascensão ao poder da república de figuras como a atual ministra, sinto uma enorme dor por este aluno cuja história relatei na postagem, bem como por todos os outros alunos e alunas que já tive e que não identificavam-se com padrões de gênero.

Acredito que a educação viverá tempos sombrios diante das novas propostas e visões de mundo dos atuais governantes.

Nós, educadores, teremos que nos mantermos firmes na defesa de uma educação plural, que aceite a todos independente das normas e padrões de gênero. E lembrar sempre: "ninguém larga a mão de ninguém."

Postagem Reflexiva - Reflexão sobre a postagem "Fatores que interferem na alfabetização"de 30/11/2015

Meu estágio curricular do PEAD foi na minha turma de primeiro ano de Ensino Fundamental, então muitas vezes voltai a leituras da interdisciplina Fundamentos da Alfabetização para retomar conceitos e embasar as minhas reflexões no PBWorks.

Na postagem "Fatores que interferem na alfabetização" que fiz em 2015 referente aos aspectos apresentados pela professora, acrescentei um fator o qual achei importante que foi a questão da "baixo autoestima". Crianças que chegam à escola estigmatizadas pelas próprias famílias como incapazes ou que não recebem carinho e afeto em seus lares, costumam apresentar baixo rendimento escolar.

No meu estágio pude perceber isso claramente. Tive alunos que não recebiam a atenção devida por suas famílias ou que já vinham estigmatizados pelas mesmas como "difíceis" apresentavam dificuldades de relacionamento e de aprendizagem.

Postagem Reflexiva - Reflexão sobre a postagem "Desafios na Alfabetização" de 17/11/2015

Na postagem "Desafios na alfabetização" eu relatei o quanto a alfabetização era desafiadora para mim e a minha experiência em um segundo ano do Ensino Fundamental no qual eu não tinha certeza de ter realizado um bom trabalho.

Relendo esta postagem, percebo que depois de tantas leituras em relação à alfabetização e de mais alguns anos de experiência, não considero mais a alfabetização como algo tão difícil.

Há três anos trabalho com turmas de primeiro ano, a do meu estágio também foi. Foi uma turma que iniciou o ano com crianças que não sabiam escrever o próprio nome e outras já em nível silábico com valor sonoro.

O trabalho não foi fácil, mas foi muito gratificante ver as primeiras escritas, as frases, as crianças lendo os cartazes pela escola e os rótulos dos lanches e materiais escolares.

Para mim foi como ver se materializar diante dos meus olhos as teorias estudadas em sala de aula, em especial as de Emília Ferreiro. Todas as hipóteses de escrita dos alunos vieram ao encontro do que estudei na interdisciplina de Fundamentos da Alfabetização.

Não foi difícil embasar teoricamente as minhas reflexões a cerca da alfabetização, pois a prática era a teoria tomando forma diante dos meus olhos.

WEISZ, Telma. A Revolução de Emília Ferreiro. IN: Viver Mente & Cérebro. p. 07-13