domingo, 25 de junho de 2017

Ser professora

Neste fim de semana eu estava conversando com um amigo sobre tatuagens. Ele, como eu, acredita que uma tatuagem deve ter um significado especial para a pessoa, afinal é algo que ficará marcado na pele para o resto da vida. Por isso, este meu amigo disse que não fez nenhuma tatuagem, pois ainda não encontrou um motivo para marcar em sua pele.

Eu tenho uma pequena tatuagem no braço, que é ligada a minha infância, em especial a minha avó paterna.

Expliquei ao meu amigo que pretendo fazer uma nova tatuagem no ombro, que será o desenho de uma coruja (símbolo da educação) com uma estrela ao fundo, iluminando um céu escuro (remetendo ao anel símbolo da pedagogia, que é um estrela em cima de uma pedra preta, significando a luz do conhecimento sobre a escuridão da ignorância).

Ao saber o significado da minha futura nova tatuagem, meu amigo, espantado, comentou:

- Nossa, tu gosta mesmo da tua profissão, né? Eu gosto muito da minha, mas não tatuaria nada referente a ela.

Naquele momento parei para refletir o quanto a minha profissão faz parte de mim. Eu não sou professora só as 40 horas que trabalho durante a semana. Ser professora não me define só como profissional, me define enquanto pessoa. Por isso a vontade de marcar minha profissão na pele, em uma tatuagem.

Ser professora é a maneira que encontrei de transformar o mundo. De melhorá-lo. Ser professora é tão característica minha como a cor dos meus olhos, meu temperamento ou qualquer outra característica.

Se me fosse proibido lecionar, não sei que outra profissão eu teria, pois o ambiente escolar pra mim é tão natural... Como a água é para os peixes ou o ar para as aves...

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