domingo, 16 de abril de 2017

Sou professora porque...

Certa vez, conversando com um grande amigo e, também colega professor, ele me disse que foi questionado em uma reunião pedagógica de sua escola sobre porque ele era professor.

Ele me relatou que respondeu que era professor porque considerava-se pesquisador, pois acreditava que a docência anda sempre junto com o trabalho de pesquisa.

Em outro momento, ouvi de algumas colegas professoras que diziam amar sua profissão pois "gostavam muito de crianças".

Concordo com as duas afirmações que citei, porém, no meu caso, acrescento mais coisas.

Eu sou professora não porque gosto de crianças, mas sim porque gosto de infância. Esta peculiar fase da vida e seu processo de desenvolvimento é muito interessante para mim. Se eu gostasse somente de crianças, eu seria babá ou recreacionista infantil.

Além de gostar de infância, também tenho gosto pela pesquisa, conhecimento, arte, cultura em geral. Oras, a única profissão que une tudo isso é o magistério, logo isso explica em parte minha escolha profissional.

Porém, além de tudo isso, um eterno espírito inquieto e um forte sentimento de esperança numa sociedade mais justa, humana e igualitária sempre me acompanharam, desde meus primeiros pensamentos críticos.

Logo, se um dia for questionada sobre por que sou professora, não posso ter outra resposta a não ser esta:

Sou professora porque sou revolucionária.

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