domingo, 25 de dezembro de 2016

Esperança

Este semestre tem sido muito difícil para mim. Por vários momentos pensei em largar tudo, desistir do curso. Tive bloqueios terríveis, não conseguia me concentrar nas leituras e não tinha ânimo para frequentar as aulas presenciais.

Tudo isso por uma única e forte razão: o atual momento político que estamos vivendo. O desmonte da educação. Bem como todos os demais serviços públicos.

Um enorme desânimo e falta de perspectiva tem tomado conta de mim. Não sei como cheguei até aqui neste semestre e também não sei se vou conseguir concluí-lo com êxito. Não está sendo fácil.

O que ainda me dá um fio de esperança e um pequeno sopro de ânimo para continuar são duas coisas:

A memória das resistências, pois sempre penso que se todos tivessem se calado e abandonado as grandes lutas, como a Ditadura Militar no Brasil, por exemplo, não teríamos vivido este breve e frágil momento de democracia.

Outra coisa que ainda me injeta um pouco de ânimo é a esperança que deposito nas gerações futuras e saber o quanto elas precisam de nós agora para a sua formação.

Abaixo, o desenho da minha aluna Nauana que retratou a mim e a ela de mãos dadas. Esta pequena mãozinha que encontra segurança ao segurar a minha, também é um foco de esperança para mim.


Nenhum comentário:

Postar um comentário