domingo, 25 de dezembro de 2016

Participação família X escola

Muitas vezes acabo utilizando minha conta no Facebook para escrever coisas que poderiam estar muito mais neste blog. Talvez porque não consiga dissociar minha vida profissional (que deveria estar somente neste blog) e minha vida pessoal.

Ser professora está tão entrenhado em mim quanto qualquer outra característica física ou psicológica, e acaba fazendo parte do que me define de maneira bastante significativa.

Mas o que escrevo hoje não é sobre isso, mas sim sobre esta postagem que fiz no Facebook dia 15 do mês corrente:


Bato e insisto nesta tecla! (Já falei deste tema em uma postagem no último semestre).

Onde acaba a responsabilidade da escola? Onde começa a da família? Escola substitui família? Escola ajuda família? Ou família ajuda escola?

Às vezes acho que o curso de pedagogia quer nos formar em "super-professoras", com super-poderes capazes de educar e transformar sozinhas, sem a ajuda de mais nada nem ninguém. Sem debatermos, no nosso curso, qual é o papel do Estado e das famílias na educação. Parece-me que a educação depende só de nós, e não depende.

Queria que em aula houvesse mais debates neste sentido, para criarmos ferramentas de enfrentamento em relação à sobrecarga que a escola vem sofrendo.

Muitas vezes parece-me que a academia se aliena dentro das teorias e não convive com a realidade que está diante dela mesma, nos rostos cansados das minhas colegas que vão assistir as aulas no final de um dia exaustivo, sem remuneração adequada, sem condições básicas, sem material e ainda com o peso da enorme culpa de serem as ÚNICAS responsáveis pela aprendizagem de seus alunos.

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