sábado, 20 de maio de 2017

A saúde mental dos professores

Uma das tarefas da Interdisciplina de Psicologia da Vida Adulta neste semestre foi escolhermos um tema referente à interdisciplina para realizarmos uma pesquisa em grupo.

Eu e meu grupo escolhemos as patologias psicológicas que afetam os professores. Eu fui entusiasta no grupo para pegarmos este tema por já ter sofrido com depressão e ter sentido na pele o  quanto o ambiente escolar pode potencializar esta doença ou até mesmo ser a causadora dela.

Neste meio tempo, alguns sintomas começaram a surgir em mim: dores de cabeça e nas costas, tensão, lapsos de memória, excesso de sono, desânimo, crises de choro, irritabilidade, desorganização mental e uma enorme ansiedade.

Fui levando, como pude. Até não aguentar mais, até chegar no meu limite. Procurei um médico que me receitou medicação e desacelerei um pouco. Não consegui me afastar do trabalho pois sei que se o fizesse, quando retornar teria que recuperar os dias de aula que os alunos perderam. A única coisa que pude fazer, e fiz, foi deixar a faculdade um pouco de lado e ir levando a escola com mais calma, adiando tudo o que pudesse ser adiado. E torcer para o remédio fazer efeito.

Hoje, passadas duas semanas da consulta médica e início do tratamento medicamentoso, estou um pouco melhor. Mas ainda não 100%. Porém, a vida tem que seguir, não posso me dar o luxo de abandonar tudo, tenho que seguir tentando.

Lendo esta reportagem abaixo e a pesquisa que realizei sobre Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) entre professores, confirmei algo que já desconfiava: o quanto os transtornos psicológicos são comuns entre os professores. Ou seja, o quanto a carreira docente pode ser prejudicial não só para a saúde física dos professores, mas também para a sua saúde mental.

CADA VEZ MAIS PROFESSORES ADOECEM COM PROBLEMAS PSICOLÓGICOS

Não queria que esta fosse uma postagem daquelas "desabafo" onde a gente só aponta problemas e não tem sugestões para as coisas melhorarem. Porém, realmente, não tenho sugestões.

A minha esperança é na minha luta constante para que as coisas melhorem, sendo dando aula, dando o melhor de mim ou na minha formação, onde estudo para me aprimorar e ser melhor profissional ou ainda na minha militância política.

Porém, enquanto as coisas não mudam, sigo as orientações do meu psiquiatra e "me protejo, me resguardo" daquilo que pode me afetar negativamente.

Um comentário:

  1. Olá Nubia!
    É um bom tema para refletir, nós professores muitas vezes temos nossa saúde mental comprometida.
    Ficaria ainda melhor se você trouxesse no teu texto algum autor que fale sobre o assunto.
    Att,
    Tutora Rocheli

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