sábado, 4 de agosto de 2018

BNCC e a alfabetização

A nova Base Nacional Curricular Comum já foi aprovada sem consultar profissionais de educação e alunos. Eu chamo esta nova base de "Base Nacional do Fim do Mundo" pois para mim é mais um ataque que o golpe de 2016, que levou ao impeachment da presidenta Dilma Rousseff, vem dando à educação pública no Brasil.

Esta reforma empobrece o ensino retirando do currículo escolar disciplinas tais como História, Geografia, Sociologia, Filosofia entre outras.


No que tange aos anos inicias, a diminuição de 2 para 3 anos para o fim do ciclo de alfabetização em nada melhora o ensino.

Os alunos das escolas públicas brasileiras continuarão chegando às carteiras escolares sem nenhum pré requisito, pois a maioria não frequentou a Educação Infantil. São alunos que não tem sua motricidade desenvolvida, não escrevem o nome, não diferenciam números, letras e símbolos. Enfim. São alunos que não estão preparados, por exemplo, para utilizar os livros didáticos oferecidos pelos MEC que iniciam suas primeiras páginas já com textos relativamente grandes, partindo da premissa de que o aluno já teve uma experiência de letramento anterior à escola.

A educação brasileira não necessita de novas leis, mas sim de investimento. Não se muda a realidade da educação no Brasil com "canetaços", mas sim com investimentos efetivos. Mas esta é a última coisa que este governo golpista que aprovou 20 anos sem investimentos em educação pretende fazer.

Acredito que enquanto não houver um forte investimento na educação infantil e na valorização de professores, nada irá mudar. Pelo contrário, só irá piorar. Prova disso é a aprovação desta nova Base Nacional Curricular Comum que empobrece ainda mais a educação pública.

As escolas públicas terão poucas disciplinas para serem ofertadas, serão somente as que estão na base. Enquanto as escolas particulares poderão complementar estas disciplinas básicas, enriquecendo seus currículos. Os abismos entre o ensino das escolas públicas e particulares será ainda maior do que já é.


O Brasil precisa dizer não a mais esta manobra golpista contra a educação pública brasileira!

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