sábado, 4 de agosto de 2018

Para que(m) serve o teu conhecimento?

Inicio esta postagem com uma frase de Paulo Freire:

“Não existe imparcialidade. Todos são orientados por uma base ideológica. A questão é: sua base ideológica é inclusiva ou excludente?” (Paulo Freire)

O que fica muito claro para mim ao ler esta frase é: não existe neutralidade ou imparcialidade em nenhuma ação humana, muito menos na ação de educar.

O planejamento é essencial para a ação educativa e como esta não é neutra ou imparcial, faz-se necessário que o professor enquanto planeja faça algumas reflexões, como destaca Maria Bernadette Castro Rodrigues:

"Tal reflexão deveria estender-se ao grupo de professores de uma instituição, a discussão conjunta promoveria a explicitação das concepções que permeiam a prática do estabelecimento, podendo a este exercício incluir-se algumas perguntas orientadoras: como vem sendo organizado o planejamento na escola? Para que se planeja? Para quem? E ainda: quais são as relações de classe, etnia, gênero, que fazem com que o currículo seja o que é e que se produza os efeitos que produz? " 

 Acredito que antes de realizar qualquer tipo de planejamento o corpo docente das escolas devem fazer o seguinte questionamentos a si mesmos:

Para que (quem) queremos que os alunos aprendam determinados conteúdos? Que tipo de cidadãos queremos formar? Que tipo de sociedade vislumbramos para o futuro? Como faremos para alcançá-la com nossas práticas pedagógicas?

Se o professor não for crítico, tão pouco seu aluno será.

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