quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

Escola Moderna na realidade Pós Moderna




Em uma escola em São Paulo um aluno agrediu um professor com um soco no rosto. Houve até uma filmagem da agressão, em que um estudante de 20 anos do terceiro ano do Ensino Médio discute com o professor e lhe desfere um golpe no rosto. Este caso de agressão foi amplamente noticiado pela mídia.
Tentarei aqui não cair no discurso de senso comum de que “antigamente havia mais respeito com o professor” ou “dever de educar é da família, a escola deve apenas ensinar.” Acredito que uma explicação para um fato desses vá além destas respostas simples.
Acredito que casos extremos como este, de agressão de professores, são fruto do que é discutido no texto de Luciani Missio e Jorge Luiz da Cunha, ou seja, a escola enquanto instituição moderna diante de uma realidade pós-moderna.
É fato que desde sua criação na Modernidade a escola pouco mudou. Desde sua estrutura física (salas de aula, disposição do mobiliário, ...), sua organização hierárquica (professores, diretores, coordenadores, ...) e até mesmo sua metodologia (aulas expositivas, uso do quadro negro, cópia e reprodução, uso de cadernos, ...).
  A escola é a mesma, porém os alunos não são os mesmos que há cem anos atrás. Vivemos a era da informação e dos questionamentos. E a escola parece não ter se adaptado a esta nova era.
A resposta vem de várias maneiras: na falta de interesse dos alunos, na desvalorização do professor e, algumas vezes, na violência e agressividade dos alunos com seus professores. Infelizmente o professor é a “bucha de canhão” de todo este processo.


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