segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

O olhar do professor sobre o aluno com deficiência

Muitas vezes o professor, embora imbuído de boa vontade, acaba lançando um olhar distinto sobre aquele aluno com necessidade educacional especial e acaba o tratando de maneira errada. Utiliza-se de mecanismo como de Compensação, Assimilação e Atenuação achando que está agido da melhor forma possível com aquele aluno, quando na verdade não está.

No texto de Ligia Amaral, lido para a interdisciplina de Educação de Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais, ficou muito claro para mim o quanto atitudes que, por mais cheias de boa vontade que estejam, não colaboram em um pouco para o desenvolvimento de alunos com alguma deficiência.

Na verdade tais atitudes são mecanismos de defesa do professor frente a um aluno "diferente". Quando queremos compensar o fato da deficiência com alguma característica positiva, quando tentamos atenuar o fato da deficiência comparando com outro fato que poderia ser pior ou até mesmo quando negamos o fato da deficiência estamos agindo de forma totalmente errada.

Parecem atitudes inocentes, e de repente até são pois não objetivam diretamente prejudicar o aluno com deficiência, porém acabam por fazê-lo.

Porém, enquanto professora, estou ciente de ser passível de cair em algum destes erros. E o questionamento que fica é: "o que fazer?"

Depois da leitura do texto de Ligia Amaral ficaram algumas dicas do que, pelo menos, não fazer.

Lembro que quando tive um aluno com TEA, tinha conflitos constantes com minha auxiliar que queria fazer as atividades por ele, dar-lhe comida na boca, enfim, tratá-lo extremamente como incapaz.

Para ela, tratá-lo com zelo excessivo era o melhor que poderia ser feito por ele, pois acreditava que assim estaria o "poupando". Foi muito difícil para mim fazê-la compreender que tratá-lo como "coitadinho" em nada ajudaria no seu desenvolvimento. Mas, aos poucos, cosegui.


Nenhum comentário:

Postar um comentário